Basílio Monteiro quer melhor critério no recrutamento

grande atenção no processo de recrutamento de novos quadros para a Polícia da República de Moçambique (PRM), para se evitar a admissão de criminosos nas fileiras da corporação.

Neste sentido, segundo o ministro, que falava na tomada de posse de novos funcionários do seu pelouro, deve-se reforçar e aprimorar os mecanismos de observância rigorosa das normas que regem os processos de recrutamento, selecção, formação, aplicação, manutenção e desenvolvimento dos nossos recursos humanos. O titular da pasta afirmou que só desta forma poderá barrar-se a entrada, nas fileiras policiais, de indivíduos ligados ao mundo do crime ou que pretendam fazer uso da farda para o cometimento de desmandos.

“O Ministério do Interior atribui capital importância à gestão dos recursos humanos por reconhecer que são os homens e mulheres, funcionários e agentes do Estado, Oficiais, Sargentos e Guardas, que constituem o factor essencial para o cumprimento da nossa missão organizacional. A formação dos nossos funcionários deve ser levada a cabo num quadro que propicie o desenvolvimento de habilidades técnico-profissionais e princípios ético-morais, com vista a produzirmos os melhores servidores públicos”, referiu o ministro.

Basílio Monteiro empossou, na última quarta-feira, António Alfredo Pelembe, adjunto do comissário da Polícia, como novo comandante da Escola Prática de Matalana, em substituição de Feliciano Adriano Chongo, que passa a director de Doutrina e Ética Policial no Comando-Geral da PRM. No acto, foi também investido Manuel Filimão Zandamela, adjunto do comissário da Polícia, para o cargo de comandante da PRM em Nampula, em substituição de Abel Nuro. Por outro lado, o ministro do Interior empossou Ema Samuel Chambo e Zito Eugénio Gabriel, para os cargos de directora e director-adjunto, respectivamente, dos Recursos Humanos do Ministério do Interior. 

Falando especificamente do novo comandante da Escola Prática de Matalana, António Pelembe, o ministro observou que, no mais breve espaço de tempo, este deve ser capaz de produzir resultados concretos que se consubstanciem na melhoria da disciplina, ordem interna, prontidão combativa e higiene individual e do meio.

Com estes pressupostos, segundo Basílio Monteiro, espera-se que a Escola Prática da Polícia de Matalana coloque à disposição do Estado agentes rigorosamente revestidos de disciplina, ética e deontologia profissional, elementos indispensáveis para uma actuação que se conforme com os ditames da lei e das aspirações do povo moçambicano.

“Estamos conscientes de que para o alcance dos resultados que pretendemos, as nossas escolas devem assumir uma nova postura consentânea com a necessidade de formar um homem integral, imbuído de valores de disciplina, patriotismo e sentido de missão que caracterizam um profissional da Polícia. Este desiderato requer uma profunda transformação da nossa Escola Prática da Polícia no que respeita à sua organização, ao funcionamento, à gestão dos processos de treinamento e da formação” , apontou Basílio Monteiro, recordando que o sucesso da missão de cada um dos empossados depende da capacidade individual de garantir a coesão institucional, trabalho de equipa e valorização dos recursos humanos e das experiências existentes.

Fonte: Jornal Notícias