Imprensa

PRM trava tentativa de manifestação violenta em Nampula

06/10/2017 11:14

A Polícia da República de Moçambique (PRM) repeliu hoje uma manifestação violenta nas artérias da cidade de Nampula, capital da província do mesmo nome, na região norte, em protesto contra o assassinato domingo do edil da urbe, Mahamudo Amurane, por indivíduos desconhecidos.

Amurane foi executado” a queima-roupa momentos após chegar a residência particular no populoso bairro de Muhala expansão. Os residentes da urbe, que ficaram chocados com a notícia do assassinato se juntaram para realizar uma manifestação, onde empunhando dísticos incendiaram pneus na via para repudiar o sucedido.

O porta-voz do Comando Geral da PRM, Inácio Dina, disse em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo, que a violência jamais pode ser usada como forma de chorar a morte de uma pessoa amada, independentemente do grau de afecto pelo ente querido.
Pedimos calma aos residentes do município de Nampula e não podem optar pela violência de rua”, disse Dina, acrescentando que a corporação está a trabalhar em estreita colaboração o Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), o Ministério Público no acompanhamento que culminará com o esclarecimento do caso.
Inácio Dina disse, por outro lado, que a corporação está satisfeita com o nível de cooperação até aqui demonstrado pelas testemunhas na busca de todos os detalhes que podem levar a identificação dos presumíveis autores do acto hediondo que tirou a vida ao edil de Nampula.
O vereador e o empresário que estavam a prestar socorro a vítima momentos após os três tiros que se alojaram na região do tórax foram ouvidas pela polícia, bem como outros que desejam colaborar no esclarecimento do crime.
Mahamudo Amurane era, desde 2013, edil de Nampula eleito pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição, com assento na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano.
Porém, as relações entre o edil e a liderança máxima do seu partido eram marcadas por fortes crispações que recentemente o levaram a desertar e seguidamente anunciar a vontade de concorrer, nas autárquicas de Outubro de 2018, como candidato independente, vontade que não foi bem vista nas hostes do MDM.
(AIM)