Imprensa

Paz é o maior desafio de todos

12/10/2015 08:26

O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, reiterou que um dos desafios mais prementes que se coloca a todos os moçambicanos é a promoção, manutenção e a consolidação da paz.

“Para nós a paz é um bem essencial e inalienável, sendo que a sua preservação constitui interesse supremo do Estado”, declarou o Chefe do Estado, falando quinta-feira em Maputo na abertura do XXV Conselho Coordenador do Ministério do Interior (MINT).

Na ocasião o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) enalteceu as responsabilidades dos dirigentes e quadros do MINT, dos oficiais comissários, superiores e subalternos, dos sargentos e guardas da Polícia em todo o país, alertando que, não obstante os resultados positivos que têm conseguido na defesa da paz, são ainda chamados a dar a melhor resposta a este desafio, fazendo com que a paz passe a coexistir com cada um de nós, de forma que possamos continuar a desenvolver o nosso país.

“Um dos investimentos maiores a fazer na preservação da paz reside na formação do Homem, pois ele é o centro da nossa governação”, alertou, acrescentando: “Queremos, neste âmbito, saudar os esforços que o MINT e a Polícia da República de Moçambique (PRM) têm estado a desenvolver, o que empresta cada vez mais qualidade interventiva da nossa Polícia”.

Nesse sentido, o Presidente da República recomendou uma maior e melhor selecção dos efectivos policiais, a todos os níveis, e a sua permanente capacitação para responder a uma situação de criminalidade cada vez mais sofisticada. “Urge, sobretudo, especializar os nossos recursos humanos em áreas associadas à prevenção criminal de forma a atacarmos o mal antes que ele nos atinja”, exortou o Comandante-Chefe das FDS.

Filipe Nyusi disse ainda que para além da formação contínua é importante aprimorar os mecanismos de inspecção, controlo e supervisão sistemática das forças policiais e dos funcionários que lidam com o cidadão.

Dados apurados referem que o Conselho Coordenador do MINT constituiu um momento privilegiado para aquele órgão fazer o balanço das suas actividades de modo a perspectivar acções futuras. “Esperamos que no decurso dos trabalhos busquem as soluções adequadas para vários problemas que nos afligem”, exortou o Presidente da República no seu discurso de abertura do encontro.

OS DESAFIOS DA POLÍCIA

Aos acidentes de viação, que têm ceifado muitas vidas humanas e destruído diversas infra-estruturas, o Chefe do Estado juntou um novo fenómeno criminal, o dos raptos e sequestros de pessoas com deficiência de pigmentação da pele e fez referência à falsificação de documentos de identificação e de viagem.

“No mesmo contexto, impõe-se definir as acções necessárias que permitam ajustar a capacidade do sector aos desafios do controlo do movimento migratório, tendo em conta a actual dinâmica dos fluxos migratórios resultantes da globalização”, recomendou.

Para o sucesso desta missão Filipe Nyusi disse ser importante que os dirigentes e quadros do MINT continuem a consolidar os mecanismos de colaboração com as demais instituições das Forças de Defesa e Segurança e com o sector da Administração da Justiça.

“A nível interno o Ministério do Interior deve consolidar as reformas em curso, prestando a necessária atenção à reorganização das áreas de Identificação Civil e da Polícia de Investigação Criminal. Devem ter sempre em conta os desafios globais que se colocam actualmente à segurança dos Estados, caracterizados por uma maior circulação de pessoas, pela expansão do crime transnacional organizado e do terrorismo”, advertiu o Comandante-Chefe.

Para ele, anatureza das atribuições do MINT exige uma atitude enérgica orientada para o reforço dos padrões de ética e deontologia profissional na prestação de serviço ao cidadão, condição indispensável para o reforço da base de confiança entre as autoridades e o cidadão.

“O nosso povo merece que a sua Polícia e os demais serviços do MINT sejam credíveis. Essa credibilidade e confiança devem resultar da postura de cada um dos seus servidores”, defendeu, exortando cada quadro e dirigente a dar o seu melhor para encontrar as respostas e formular soluções adequadas e oportunas que satisfaçam as preocupações dos cidadãos, servindo com zelo, dedicação e profissionalismo o Estado.

SAUDAÇÃO ÀS FDS

Na mesma ocasião o Comandante-Chefe das FDS manifestou o seu apreço ao trabalho desempenhado por todos os dirigentes e quadros do MINT, os oficiais comissários, superiores e subalternos, sargentos e guardas da PRM em todo o país “na honrosa missão de garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas. Na protecção de pessoas e bens, a identificação dos cidadãos nacionais, no controlo do movimento migratório e no salvamento de pessoas no país.

“O desempenho dos quadros do MINT e dos serviços e instituições dele dependentes, integrado no contexto das Forças de Defesa e Segurança e no Sistema de Administração da Justiça, tem se assumido como um factor importante na manutenção da paz, ordem, segurança e tranquilidade públicas”, reconheceu.

O Chefe do Estado lembrou que o presente Conselho Coordenador decorre passados poucos dias da comemoração do 23.° aniversário da assinatura do Acordo de Roma, defendendo que isso nos faz reflectir sobre a paz no nosso país.

“Com o advento da paz o nosso país vem registando níveis assinaláveis de crescimento e desenvolvimento económico que importa manter, e que dia após dia se vai reflectindo na melhoria das condições de vida e do bem-estar dos moçambicanos”, reconheceu ainda.

O lema escolhido para este Conselho Coordenador: “Ministério do Interior, Aprimorando Estratégias para o Reforço da Paz, Segurança e Tranquilidade Públicas”, mereceu uma referência especial do Chefe do Estado, considerando que o mesmo ilustra claramente a necessidade que temos de vencer os desafios presentes e os que surgem em cada etapa da nossa caminhada.

“Um dos desafios mais prementes que se coloca a todos os moçambicanos é a promoção, manutenção e consolidação da paz”, insistiu, concluindo que para os moçambicanos a paz é um bem essencial e inalienável, sendo que a sua preservação constitui interesse supremo do Estado.