Imprensa

Populares vandalizam infra-estruturas administrativas no Gilé

20/10/2017 09:55

O distrito de Gilé, norte da província central da Zambézia, está viver momentos de pânico desde a madrugada desta quinta-feira, marcados pela vandalização de infra-estruturas administrativas, incluindo a residência oficial do administrador.

Os actos de vandalismo também afectaram o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Os distúrbios surgem na sequência de uma onda de desinformação associada com a alegada existência de pessoas “chupa-sangue”. 
A informação foi avançada pelo porta-voz do Comando Provincial da PRM na Zambézia, Miguel Caetano, em conferência de Imprensa, havida hoje, em Quelimane, capital provincial. 
Convocamos a imprensa para transmitirmos uma informação triste que assola o distrito de Gilé, dando conta de estar mergulhado num clima de insegurança devido a onda de sabotagem de infra-estruturas públicas e residências dos funcionários e agentes do Estado”, disse. 
Por isso, os mesmos protagonizam actos contra o património público incluindo o Comando distrital da nossa corporação”, deplorou Caetano. 
Segundo a fonte, também foram vandalizadas as residências de alguns secretários de bairros na vila sede do distrito.
Caetano disse ainda que os responsáveis pela destruição daqueles bens patrimoniais do Estado, com alegações de que os membros do governo de outras estruturas de base, são prováveis coniventes sobre o boato da existência do “chupa-sangue”, no distrito.
“Esta é uma situação que está criar bastante constrangimento para o pleno funcionamento das instituições públicas e singulares na sequência do clima de insegurança que tomou conta da Vila”, disse. 
Referiu que devido ao recrudescimento da onda de sabotagem, associada a violência, o administrador de Gilé, Joaquim Pahare foi, evacuado imediatamente para o distrito de Alto Molocuè.
“As nossas unidades policiais já estão no terreno para conter a fúria da população e repor a ordem pública”, disse. 
O porta-voz da PRM exortou ao envolvimento da população para denunciar os indivíduos que estão a protagonizar desacatos e prejudicar a convivência harmoniosa no distrito. 
“Queremos apelar a população, tal como todos nós sabemos, na verdade não existe o fenómeno ‘chupa sangue’”. 
Explicou que a destruição de infra-estruturas não vai ajudar a resolver o problema de chupa-sangue, reiterando que se trata apenas de uma onda desinformação perpetrada por um grupo de malfeitores. As autoridades desconhecem as reais motivações do referido grupo. 
Questionado sobre os danos causados, o porta-voz disse que ainda é prematuro avançar qualquer informação. 
“Neste preciso momento ainda são escassas informações detalhadas sobre os danos materiais e humanos resultante deste acto criminal”, disse Caetano. 
Refira-se que na semana passada, ainda no distrito de Gilé, a localidade de Moiane esteve em pânico quando um grupo de desconhecidos destruiu a residência do secretário do partido Frelimo e além de ter vandalizado um estabelecimento comercial de um agente económico local. 
AIM